quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Era do CONHECIMENTO ou da COMPETÊNCIA

Há mais de 20 anos que se fala em economia do conhecimento e era do conhecimento, porém, só a partir dos anos 90 é que esta preocupação começa realmente a incomodar. Este incomodo começa principalmente pela indefinição de COMO as organizações irão viver (ou, simplesmente sobreviver a) esta era.

O que se vê hoje é uma multiplicidade de receituários, de fórmulas, que dizem O QUE deve ser feito, porém o COMO deixa a desejar.

Mesmo com esta indefinição existe a convergência em um único ponto, em todas as fórmulas apresentadas pelos filósofos e profetas, o que nos leva a crer que não é uma variável qualquer e sim uma constante. Os físicos que me perdoem, mas esta é uma constante universal; constante esta que não rege o mundo astrofísico ou quântico, mas com certeza rege o mundo organizacional. Esta constante é a EDUCAÇÃO.

O discurso é único: PRECISAMOS DE EDUCAÇÃO; e, pelo receituário do professor Carl Dahlman do Banco Mundial, o Brasil precisa de dois "remédios" urgentes, que são: 1) uma revolução PELA educação, 2) uma revolução NA educação.

A maior falácia, no entanto, é acreditar que a educação é a mera aquisição do conhecimento e que este é a solução de todos os problemas. Isto é muito cartesiano e induz a um erro grosseiro.

Conhecimento é nada, ou quase nada, se não soubermos usá-lo adequadamente, apropriadamente e corretamente nas mais variadas situações da vida pessoal e profissional. Isto é competência.

Não existe competência sem o devido conhecimento para ser usado, mas existe conhecimento sem a devida competência para usá-lo, o que, de qualquer forma, é péssimo.

Adaptando as palavras do professor Rubens Portugal, especialista em educação, o que todo empresário deseja é um profissional que REFLITA-NA-AÇÃO que está desempenhando, porém que vá muito além da simples reflexão e que se torne um ARTISTA-NA-EXECUÇÃO, ou seja, o desejado é um profissional que se não possui um conhecimento específico, reflita e busque-o, e, assim que o adquirir use-o adequadamente, apropriadamente, corretamente e artisticamente.


Aqui, o uso da palavra "artisticamente" significa que a pessoa incorporou o conhecimento adquirido e desenvolveu a competência de usá-lo a tal nível que estes se tornam inconscientes; se tornam tácitos.


Poucas propostas na área de educação formal, ou corporativa, hoje, promovem esta incorporação de conhecimento e desenvolvimento de competências, e quando o fazem, o fazem de forma limitada, atuando somente em uma ou outra área do conhecimento aliada a uma ou outra competência.


O QUE fazer, penso que está claro, e, o COMO fazer, é por intermédio do resgate das funções das Universidades e do conceito de Universidade Corporativa.


Não este conceito que está sendo popularizado por diversos consultores que nada mais é do que a reformulação do programa de treinamento das empresas, ou no máximo a reedição das Universidades dentro das organizações. Estamos falando do conceito original de Universidade Corporativa; aquele que não compete com a Universidade atual, a Universidade Erudita, mas complementa as suas funções.


A função da Universidade Erudita é desenvolver os conhecimentos científicos, metodológicos e eruditos. A função da Universidade Corporativa é adaptar o profissional aos tempos e desenvolvê-lo para as tendências no futuro.


O que está ocorrendo hoje é uma corrida das Universidades Eruditas para o desenvolvimento de MBA’s que prometem o desenvolvimento de competências, mas a maior "revolução" que estes apresentam na tecnologia educacional é a substituição do quadro negro pelo projetor multimídia, de resto continuam sendo aulas meramente informativas. Do outro lado, algumas Universidades Corporativas resolveram desenvolver suas propostas cometendo erros de gerar programas eruditos ou científicos demais. Muitas Universidades Eruditas e outras tantas Corporativas devem se reformar para incorporar novas metodologias e tecnologias educacionais e promover a revolução NA educação dentro de suas funções.

É necessário que se entenda que a Universidade Corporativa deve trabalhar competências utilizando-se de conhecimentos práticos, aplicados às organizações ou a segmentos profissionais, e, estes conhecimentos são mutáveis, voláteis, mas são necessários naquele tempo. E que, também, podem trabalhar este conceito em parceria com as Universidades Eruditas, mas respeitando suas funções na Sociedade do Conhecimento.

Considerando todos esses pontos, como desenhar, então, um programa de educação corporativa ?

Um bom início vem da UNESCO, que nos dá as dicas de algumas competências e conhecimentos desejados quando seus especialistas nos definem as 8 características do trabalhador do Século XXI:


             1. Ser flexível e não especialista demais;

             2. Ter mais criatividade do que informação ;

             3. Estudar durante toda a vida;

             4. Adquirir habilidades sociais e capacidade de expressão;

             5. Assumir responsabilidades ;

             6. Ser empreendedor ;

             7. Entender as diferenças culturais ;

             8. Adquirir intimidade com as novas tecnologias ;

Porém, antes de darmos início ao planejamento, devemos entender as diferenças entre competências (transversais e verticais) e conhecimento, para só então pesquisar quais são as competências necessárias para cada organização e quais os conhecimentos relevantes ao negócio atual e futuro.

As competências transversais são aquelas que devem permear toda a organização, do funcionário mais simples ao presidente da organização. São aquelas que dão sustentação às características organizacionais, às suas políticas e estratégias que a diferenciam no mercado. Em alguns casos são dependentes do tipo do negócio e estão calcadas nos valores organizacionais.

De uma forma geral, as competências transversais não são tantas assim, mas não é possível trabalhar em todas simultaneamente. O que deve ser feito é buscar trabalhar poucas competências transversais, as que relacionam melhor entre si e, assim que estas estiverem desenvolvidas dentro de um determinado nível aceitável, reformula-se o programa de capacitação em serviço para atuar em outras competências transversais desejadas.

Isto quer dizer que devemos esquecer as competências transversais trabalhadas anteriormente? Obviamente que não, porém a freqüência de trabalhos diminui, mas não pode ser completamente esquecido ou eliminado. O custo de manutenção preventiva é muitas vezes menor que o custo de recuperação e, isto é lei de custos administrativos.

Só isso ? Não. Aqui a coisa complica um pouco, mas só um pouco.

Vamos utilizar a quarta característica apontada pela UNESCO como exemplo, 4. Adquirir habilidades sociais e capacidade de expressão, aponta para duas competências básicas que são: saber interagir e saber se comunicar, e, considerando que estas competências têm que permear toda a organização, desde o funcionário mais simples até o presidente, obriga que a proposta de educação corporativa contemple programas diferenciados para todos os níveis hierárquicos e intelectuais. Não é difícil, mas exige planejamento adequado.

E as competências verticais ? São as que dão sustentação ao negócio da organização, qualquer que seja ele, privado ou estatal, lucrativo ou filantrópico.

As competências verticais são as estacas, são os pilares que, associadas a conhecimentos específicos e relevantes ao negócio da organização, dão a sustentação ao próprio negócio. Utilizando a oitava característica apontada pela UNESCO como exemplo, 8. Adquirir intimidade com as novas tecnologias, não podemos imaginar, hoje, um economista que tenha a competência vertical de saber analisar riscos sem dominar uma planilha de cálculo informatizada que o permita testar os indicadores dentro de fórmulas complexas de matemática ? Ou seja, para hoje ser considerado competente em análise de riscos significa ter a capacidade de análise desenvolvida aliadas aos conhecimentos de economia, matemática fundamentados em planilhas de cálculo informatizadas, que ampliam a abrangência e velocidade de análise.

Diferente das competências transversais, as competências verticais necessárias dentro de qualquer organização são muitas e modificam-se com maior freqüênciado que as primeiras, pois estão associadas ao negócio que varia de acordo com as tendências do mercado.

Esta modificação freqüente exige maior dinamicidade do plano de educação corporativa e uma atenção redobrada de seus planejadores que devem trabalhar bem sincronizado com todos os departamentos da organização, mas principalmente com as áreas que possuem relacionamento externo com o cliente, ou diretamente com os mesmos, pois muitos dos indicadores para um bom planejamento das competências verticais residem lá.

Finalmente, chegamos ao conhecimento, que é o combustível da competência e, como todo combustível, é volátil.

Esta é uma analogia bastante interessante que podemos expandir, pois existem motores (competências) que queimam (se utilizam de) qualquer tipo de combustível (conhecimento), porém o rendimento (eficiência) não é o mesmo. Ou seja, quanto melhor o combustível (conhecimento), melhor será o rendimento (eficiência) do motor (competência). Mas, ao mesmo tempo, o combustível (conhecimento) é volátil, e, perde sua função se não utilizado, inclusive, evapora.

Penso que está claro que não se deve trabalhar conhecimento sem trabalhar competência e não se pode trabalhar competência sem trabalhar conhecimento. Portanto, o planejamento de um programa de educação corporativa deve buscar trabalhar os conhecimentos em conjunto com as competências verticais. De acordo com a UNESCO, esta é a terceira característica, 3. Estudar durante toda a vida.

Basta, então, uma educação que desenvolva os conhecimentos e as competências para usá-los ? A resposta é não, pois o professor Eugênio Mussak, médico fisiologista e especialista em educação, nos informa que a boa educação deve, também, promover e estimular o indivíduo a querer utilizar estas competências e conhecimentos adquiridos.

O professor Mussak profere a tríade psicológica, pensamento-atitude-sentimento, que possui 6 possibilidades de combinação distintas, com relação ao momento que elas surgem, e cada uma destas gera um resultado psicológico diferente. Temos que somente duas destas combinações possuem o pensamento em primeiro lugar, ora, um bom programa de educação é aquele que promove e estimula o indivíduo a pensar (refletir), agir (querer) e sentir (regozijar-se). O interessante é que esta afirmação vem corroborar com o postulado do professor Portugal de reflexão-na-ação e arte-na-execução.  
Segundo Protágoras: o homem é a medida de todas as coisas, o que nos induz a concluir que as coisas só evoluem se evoluirmos o homem e, o homem só evolui por intermédio da educação, onde educação desejada é aquela que alia o conhecimento com a competência para usá-lo e, estimula a usá-los.

Colaboração: Célia Martins

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Responsabilidade para um mundo melhor !

A curitibana Ana Paula Gumy, de 35 anos, foi convidada pelo CEO (chief executive officer, o mesmo que presidente executivo) do HSBC a assumir a área de responsabilidade social do banco depois de ter deixado a organização nove meses antes para se dedicar a projetos sociais na Fundação O Boticário. No mesmo ano, 2004, o administrador de empresas mineiro Marcelo Torres, de 33 anos, também mudou de cargo. De coordenador de segmentos do ABN Amro Real ele passou a consultor de desenvolvimento sustentável.

A história dos dois executivos aponta uma forte tendência no mercado: as empresas estão cada vez mais focadas em sustentabilidade e, para isso, precisam de gente que goste e entenda desse palavrão. 'Os recursos naturais estão no limite e os problemas estão chegando. As empresas começam a se preocupar seriamente com a perenidade do planeta e de seus negócios', diz Maria Raquel Marques, coordenadora do núcleo de sustentabilidade e responsabilidade social da Fundação Dom Cabral, em Belo Horizonte. 'Isso aumenta a demanda por profissionais capazes de perceber relações de causa e efeito o tempo todo.'

Encontrar gente com esse perfil é um dos grandes desafios das empresas hoje. E uma excelente oportunidade de carreira para os poucos que já dominam o tema. Quando Marcelo Torres deixou a área de segmentos do ABN para integrar a equipe de desenvolvimento sustentável, gastava 20 minutos explicando qual era sua nova função no banco. 'Hoje existe uma visão mais clara do que fazemos, mas ainda é uma minoria que realmente entende do assunto. Em geral, as pessoas acham que fazemos parte de um departamento verde', conta. Na prática, é bem mais do que isso, como define Carlos Nomoto, superintendente de educação e desenvolvimento sustentável do ABN: sustentabilidade é um modelo de negócios que atende às necessidades da geração presente sem comprometer a geração futura. 'Não é filantropia. É questão de sobrevivência considerar os aspectos ambientais e sociais nos negócios', afirma. Este é o trabalho de quem entra para o jogo sustentável das empresas: identificar oportunidades de ganho para o negócio levando em conta os aspectos sociais e ambientais.

O primeiro desafio de Marcelo como consultor de desenvolvimento sustentável, por exemplo, foi criar uma linha de crédito para as populações de baixa renda de São Paulo e de Pernambuco. O objetivo era, ao mesmo tempo, melhorar a situação de cada comunicade (o que faz parte do conceito de sustentabilidade) e impulsionar negócios para o banco. 'Queremos oferecer novas oportunidades para aquele grupo de pessoas, sim, mas sem assistencialismo, pois os resultados da empresa estão em jogo', diz Marcelo. Em outras palavras, a comunidade ganha com o banco e o banco ganha com a comunidade. Esse conceito faz parte do vocabulário do ABN desde o final de 2001, quando foi criada a diretoria de responsabilidade social. De lá para cá, o banco vem formando os profissionais que atuam no setor. 'O ideal era ter pessoas que conhecessem o negócio bancário e também tivessem experiência em projetos de sustentabilidade. Ou seja, algo quase impossível', diz Carlos Nomoto. Eles decidiram, então, contratar pessoas que fossem do ramo bancário e tivessem, pelo menos, afinidade com o tema. Hoje, o ABN conta com quase 80 profissionais afinados com o assunto. São 15 ligados diretamente ao desenvolvimento sustentável, 20 em ação social e 30 em educação.


Profissional Multidisciplinar

Para quem se animou com a informação, é importante saber que não se exige uma formação acadêmica específica para lidar com negócios sustentáveis. É possível encontrar administradores, psicólogos, advogados, jornalistas e biólogos atuando num mesmo departamento. Ana Paula, do HSBC, trabalhou no banco durante 16 anos. Formada em administração de empresas, ela passou pela área de câmbio, por marketing internacional, gerência de desenvolvimento de negócios e corporate banking. Em 2002, teve a chance de desenvolver projetos sociais, criando uma escola para jovens de rua. E apaixonou-se pelo assunto. Em março de 2004, pediu demissão e apostou num emprego na Fundação O Boticário, ganhando 60% menos. Nove meses depois, porém, o HSBC fisgou-a de volta, para comandar sua área de responsabilidade social. 'Todos os nossos gerentes têm alinhamento com o mercado, mas pouca noção de responsabilidade social', diz Ana Paula. Vale lembrar que esse é um dos conceitos que fazem parte da sustentabilidade. 'Sustentabilidade é o fim e responsabilidade social é o como', diz Maria Raquel, professora da Fundação Dom Cabral.

Do ano passado para cá, o banco contratou mais seis pessoas para a área de Ana Paula. Hoje, são oito funcionários e 13 estagiários. A idéia é disseminar o conceito de sustentabilidade em todos os níveis, até que não seja mais necessário ter um departamento próprio. 'Esses profissionais precisam ter visão de negócios, uma forte formação humanística, boa conexão com a natureza, flexibilidade e criatividade para enxergar oportunidades dentro do conceito sustentável', diz Maria Raquel. Também é fundamental promover diálogos e alianças com as equipes, ser empreendedor e comunicativo. É o profissional que conhece um pouco de tudo, como diz Fernando Almeida, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS). 'Ele não é um especialista por natureza. É alguém que se envolve com várias áreas', afirma. Segundo Maria Beatriz Henning, diretora da Fesa, especializada em seleção de executivos, há cinco anos esse profissional só era visto nas ONGs. 'Hoje, a tendência é trazer o conceito para dentro da organização. O mercado se profissionaliza e, conseqüentemente, busca gente especializada.'

Com a bola cheia

Para quem acha que isso não passa de mais um modismo, a resposta dos especialistas é clara. Apesar de ainda haver uma confusão de conceitos sobre responsabilidade corporativa, há um movimento crescente nas empresas em formar equipes especializadas. 'Não há outra saída', diz Fernando Almeida, do CEBDS. 'Sustentabilidade é sinônimo de sobrevivência. A empresa que operar de forma irresponsável será excluída pelo mercado.' Um exemplo recente é o da Caixa Econômica Federal (CEF). Ao quebrar ilegalmente o sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, que testemunhou contra o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci Filho, a CEF esbarrou em princípios éticos, arranhou sua imagem e já sente o baque em seus negócios.

Por temer situações como essa, as organizações buscam ganhar dinheiro fazendo a coisa correta. Algumas por convicção, outras por conveniência. 'Há empresas que sentem mais de perto os efeitos da natureza em seus negócios e se apressaram em aplicar a sustentabilidade', diz Luca Borroni-Biancastelli, coordenador-geral do programa corporativo do Ibmec São Paulo. 'É o caso da Petrobras, Vale do Rio Doce e Natura, que investem expressivamente nessa área.' Independentemente do motivo, o fato é que o profissional 'sustentável' valoriza cada vez mais seu passe nas organizações. 'Quem souber lidar com os valores associados à sustentabilidade terá um enorme diferencial na carreira, com mais chances de crescimento', diz Beatriz Pacheco, consultora de responsabilidade social e sustentabilidade, em São Paulo. É o caso da paulista Denise Gibran Nogueira, de 28 anos, especialista em microcrédito do Itaú, que foi 'caçada' pelo banco em novembro de 2004. Formada em administração de empresas, Denise sempre se interessou por responsabilidade social. Ao terminar a faculdade, foi para a Índia fazer um estágio de seis meses num banco cooperativo só para mulheres. Ao voltar, trabalhou como consultora no Sebrae. Foi para o Itaú ganhando cerca de 15% mais e ainda tem subsídio para educação: o banco paga uma parte significativa da sua pós-graduação em gestão de sustentabilidade, na Fundação Getulio Vargas.

Denise era o perfil certo para o banco, que, desde 1993, com a construção do Itaú Social, vem desenvolvendo o conceito de sustentabilidade. 'Nos últimos três anos, temos contratado e treinado muitos profissionais. E continuamos à caça de gente que possa contribuir nessa área', diz Antonio Matias, vice-presidente do Itaú. Ele explica que os bancos saíram na frente nesse conceito porque estão antenados com a agenda mundial. 'Somos um setor que sempre pensa a longo prazo', diz o VP. 'Levar em consideração a perenidade dos negócios era natural.'

Prepare-se!

Por ser difícil encontrar gente preparada para essas funções -- até porque ainda são escassos os cursos voltados para sustentabilidade no país -- as próprias organizações estão preocupadas em formar esse profissional. O ABN, por exemplo, incorporou os princípios de sustentabilidade aos treinamentos já existentes e ainda oferece três cursos sobre o tema.

Se sua empresa ainda não acordou para o assunto, a dica é ir atrás desse conhecimento. 'Procure informações e participe de projetos na área, mesmo que seja como voluntário', diz Denise, do Itaú. Ela, Ana Paula e Marcelo tornaram-se profissionais diferenciados porque souberam explicar o que era sustentabilidade e aplicar a teoria na prática. Por livre e espontânea vontade. 'Não tenho dúvida de que hoje sou um profissional melhor', diz Marcelo. 'O mundo exige essa visão multidisciplinar e o mercado está só começando a valorizar isso.'

Da teoria para a pratica

 
Conheça as funções do profissional sustentável nas empresas:

· Envolver todas as partes relacionadas ao negócio - acionistas, fornecedores e clientes -, fazendo com que todos conheçam os princípios das sustentabilidade e sigam esse conceito.

· Identificar oportunidades de negócios avaliando os impactos socioambientais.

· Estar pronto para explicar, ensinar e dar consultoria sobre o tema para os funcionários da própria empresa, clientes e fornecedores.

Você também pode!

Saiba como desenvolver um trabalho sustentável:

· O primeiro passo é entender o que é sustentabilidade. Para isso, existem sites, livros e agora alguns cursos voltados para o tema.

· Em seguida, tente colocar em prática os conceitos no dia-a-dia. Analise os impactos socioambientais do seu trabalho.

· Preste atenção em todos os departamentos envolvidos no seu trabalho. Conhecer toda a cadeia do negócio é fundamental para atuar na área de sustentabilidade.

· Procure conhecer pessoas que já praticam a sustentabilidade no dia-a-dia. Além de aumentar seu network, você adquire conhecimento.

A partir daí, você está pronto para dar sugestões na sua empresa e fazer valer o seu diferencial.