domingo, 30 de novembro de 2008

Uma lição de vida - Exemplo de superação, o maestro João Carlos Martins emociona platéias com seu amor à música


Um dos maiores intérpretes da obra de Bach para piano, João Carlos Martins é um exemplo de determinação. O maestro superou inúmeros obstáculos em sua carreira e com obstinação, auto-estima, humildade e superação de limites se tornou um exemplo de homem e profissional internacionalmente reconhecido.
Devido a sucessivos acidentes e lesões que sofreu ao longo de sua carreira, Martins se viu por várias vezes afastado de seu sonho e obrigado a abandonar a trajetória de músico de sucesso. Contudo, o relato de sua experiência mostra que, mesmo diante das limitações que a vida impõe – sejam elas no âmbito pessoal ou profissional –, dar a volta por cima e não se deixar derrotar é o que constrói verdadeiras histórias de sucesso.
É claro que como em toda trajetória estão presentes o medo, inseguranças e momentos de fraqueza, que fazem com que se pense em desistir de tudo e navegar por outros mares. Isso não foi diferente com João Carlos Martins, que em um determinado momento de sua vida optou por enveredar pela carreira de empresário, trazendo o campeão de boxe Éder Jofre de volta aos ringues. “Ele voltou e reconquistou o título mundial, foi aí que eu me senti um fraco por não tentar novamente e fui lá recomeçar”, lembra o maestro. Essas e outras histórias podem ser lidas detalhadamente em seu livro A saga das mãos (Editora Campus).
Após todos os momentos de altos e baixos, a melhor saída foi continuar na música, dessa vez como regente e ajudando pessoas. “Aos 64 anos iniciei minha vida na regência e formei a primeira orquestra privada do nosso País. Essa orquestra foi a primeira orquestra brasileira a pisar no Carnegie Hall, foi uma das noites mais emocionantes que vivenciamos, terminamos com oito minutos de aplausos ininterruptos, os músicos e eu chorávamos após a apresentação”, emociona-se.
Acreditar na música como transformação social pode não ser amplamente praticada no Brasil, mas usando de toda sua experiência internacional e vivência de mundo, João Carlos Martins iniciou esse projeto. “Para vocês terem uma idéia, na China, o primeiro segmento para inclusão é a música. Estamos fazendo um trabalho bárbaro na periferia de São Paulo com a nossa Bachiana Jovem, estamos tendo momentos emocionantes na nossa vida”, acrescenta.
E com a citação de pequenos exemplos que nos fazem acreditar na transformação que a música pode fazer, o maestro passa a sensação de que realmente a orquestra é a régua do mundo. “Quando um governo vai bem, uma instituição vai bem, todo mundo diz está afinado como uma orquestra. Quando um time de futebol joga bem, falam que ele joga por música, e isso nos cinco continentes. Quando uma pessoa acha que existe algo contra ela, fala que existe uma orquestração contra, enfim, é por isso que acredito nessa máxima”.
Para o maestro, a vida é feita de superação e, se todos podem desfrutar do milagre da vida, para João Carlos Martins a música é o milagre da vida e ela venceu!


Contribuição : Neli Barros

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Ratos, pessoas e trabalho - Será que somos animais de laboratório recebendo recompensas,processos e carga de trabalho?

Estou me sentindo um rato de laboratório”. Esta frase foi dita por um gestor de uma grande companhia durante uma entrevista para referir-se às imposições que o ambiente e a gestão da empresa impunham à sua realização pessoal e profissional. Estava falando de recompensas, processos e carga de trabalho. Referia-se à presença de compensações imediatas, principalmente financeiras, para sua realização, e a uma regulamentação impositiva que castrava sua expressão criativa para realizar o trabalho de forma diferente. Falava ainda das jornadas excessivas e da dedicação pessoal quase que exclusiva a ele. O paralelo com os ratos de laboratório parecia-lhe inevitável. Os tais ratos só recebem alguma recompensa (comida ou água) depois de cumprirem alguma manobra esperada pelo pesquisador, e não podem interferir nem discutir a forma mais adequada de realizá-la. Sem possibilidades de escolha, nem de indicar o que lhe é mais motivacional no momento para “trabalhar”, o rato “aceita” a recompensa. Além do mais, dizia o executivo, o rato não sai do laboratório, trabalho é o seu lema.
Retirando-se os exageros da analogia, e considerando que conhecemos um pouco mais sobre o significado do trabalho para o ser humano, esta frase precisa ser analisada e compreendida mais profundamente, pois chama a atenção nestes tempos de organizações contemporâneas.
Existem três aspectos significativos neste caso. O primeiro, e mais relevante, nos leva ao encontro da questão dos impactos da remuneração variável, no comportamento cotidiano e no vínculo das pessoas com a empresa e o trabalho. Filha de uma racionalidade financeira, este tipo de remuneração se modernizou no contexto organizacional atual, pois sempre foi conhecida desde os tempos de Frederic Taylor, e se tornou decisiva para a obtenção dos resultados organizacionais. Esta sua propriedade ninguém pode negar: resultados são visivelmente alcançados e proporcionais à recompensa financeira associada a eles.
Por outro lado, sabemos que a compensação financeira imediata provoca saltos significativos na performance das pessoas, mas não consegue sustentá-la em alta por tempos muito longos. Diferentemente das formas conhecidas como recompensas sociais e de interesse pessoal de reconhecimento, com o passar do tempo o desempenho tende a cair “na espera” de outro estímulo financeiro. Dito de outra forma, este tipo de recompensa condiciona a performance à sua presença, portanto, na sua ausência, a performance cai de freqüência e tende a desaparecer. Com ratos funciona perfeitamente (usando-se água e comida, obviamente); já com as pessoas existem conseqüências que são inevitáveis.
Por exemplo, em relação ao contrato psicológico (vínculo) do indivíduo com a empresa. Pode-se dizer que certamente este tipo de recompensa faz o vínculo se volatilizar. Isto porque pessoas altamente orientadas no sentido das recompensas financeiras transferem esta lógica para o seu vínculo com a empresa e condicionam a elas sua permanência, ou não, na empresa. Quer dizer, será necessário ganhar sempre para que a performance se sustente. Quando o ganho não vem, a relação de permanência é questionada. Mais ainda, sabemos que pessoas que se vinculam exclusivamente a recompensas externas desenvolvem insuficientemente outros comportamentos desejados na administração contemporânea, tais como comprometimento com resultados, interesse em inovar e trabalho com qualidade, que estão associados a outras qualidades de vínculo.
Talvez a analogia daquele gestor esteja sinalizando um desconforto que pede uma mudança nas regras do jogo. A recompensa financeira não necessita ser retirada como conseqüência da realização dos trabalhos, porém outros incentivos devem voltar, ou pelo menos serem reintegrados ao contexto da performance humana. O reconhecimento individual e coletivo, as celebrações, a provação das competências entre outros continuam sendo as mais humanas das recompensas.
Produzem vínculos mais saudáveis, reanimam o significado do trabalho, enriquecem e potencializam resultados mais do que qualquer montante de dinheiro possa fazê-lo. Pessoas são assim, ratos são diferentes, o gestor pensa que se iguala a eles na sua angústia, mas ratos não sofrem, pessoas sim.
O segundo aspecto desta simples e significativa frase diz respeito à disponibilidade das pessoas para o trabalho. O rato, segundo a analogia, está 100% disponível para o trabalho no laboratório e o gestor compara-se a ele. Não se trata de um tema inédito e muito menos exclusivo deste gestor. Consultores que entram e saem de empresas todos os dias ouvindo pessoas estão acostumados a esta reclamação, infelizmente. Aqui a questão torna-se crítica e um dilema, como tantas outras no ambiente de trabalho dos dias de hoje. De fato, poucos são os que estão trabalhando menos de 11 horas por dia. Por outro lado, quem pode impedir e dizer um não a isto em nome da saúde e da vida fora do trabalho? A resposta é óbvia, e aqui aparecem aspectos interessantes de serem discutidos. O primeiro deles é o protagonismo dos atores e agentes organizacionais: ou assumem as condições dadas ou transformam estas condições ou saem destas condições. Parece não existir outra saída e a decisão está sempre na mesma mão para ser tomada. Ainda existe, porém, uma posição assumida por alguns que é a de ficar na empresa e sofrer, dificultando a própria vida e reclamando de tudo e todos, menos de si. Esta é sem dúvida a possibilidade mais insalubre, porém é, cada vez mais, muito conhecida no cotidiano das empresas. Todos nós conhecemos alguém assim em algum lugar.
Para voltar à nossa analogia, estas não são possibilidades à disposição do ratinho do laboratório, a menos que alguém esqueça uma portinhola aberta e ele instintivamente abandone o seu sofrimento visto pelo olhar humano. De qualquer forma, a saída será uma decisão sempre na mão das pessoas (e dos ratos), ninguém pode, em sã consciência, esperar que o outro tome uma decisão desta por alguém.
Parece que nos tempos modernos as decisões de vínculo, carreira e motivação são muito mais existenciais do que profissionais para empresas e pessoas, e neste caso os ratos e as analogias não podem nos ajudar muito.


Contribuição : Luis Felipe Cortoni

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Fofoca: um mal no mundo corporativo

Chame de comentário, fofoca, conversa paralela ou o que quiser, mas que esse comportamento atrapalha o andamento do trabalho e o desenvolvimento do profissional dentro de uma empresa, isso é fato. O ambiente empresarial é um lugar onde se deve ter muita cautela com comentários maldosos e irrelevantes para a companhia. E, pior, quem achava que a fofoca era uma característica exclusivamente feminina se enganou, pois muitos homens já aderiram às picuinhas empresariais.
Como a maioria das pessoas passa a maior parte do tempo no trabalho, é normal que se comente entre colegas de trabalho situações cotidianas de cunho pessoal e profissional. Porém, a balança da relevância nem sempre é levada tão à risca, e determinados assuntos, que na maioria das vezes não possuem importância para a empresa, acabam se espalhando pelos corredores e deixando funcionários em maus lençóis, até porque, como diz o ditado popular: “Quem conta um conto, aumenta um ponto”.
Segundo Gilberto Guimarães, diretor da multinacional francesa BPI no Brasil, empresa que atua na área de consultoria em RH, gestão de carreira e recolocação profissional especializada, o perfil de todo fofoqueiro, psicologicamente, é marcado como um cidadão absolutamente inseguro e imaturo.
Não desperdice energiaPara Guimarães, o comentário maldoso gera perda de energia, fazendo com que as pessoas gastem muito tempo tomando decisões e fazendo escolhas desnecessárias ou se explicando. O problema pode surgir por duas razões: boatos e fofocas ou comunicação inadequada. A pessoa acha que comunica uma coisa e comunica outra.
Já Floriano Serra, diretor de RH e Qualidade de Vida da APSEN Farmacêutica, acredita que “quase sempre é impossível descobrir a origem da fofoca, o que não é justo para quem tem sua imagem prejudicada. Um funcionário pode ter sua promoção cancelada caso seu chefe imediato dê ouvidos a alguma fofoca que ponha em dúvida, por exemplo, sua ética ou honestidade”.
Além disso, a fofoca pode prejudicar não só o funcionário como também a empresa, na medida em que compromete a ética do seu clima, das suas relações interpessoais e até a avaliação do comportamento de um funcionário. O prejuízo pode ser externo, se a fofoca referir-se a falsas insinuações de falências, demissões injustas e irregularidades. Neste caso, o prejuízo será institucional, comprometendo a imagem da empresa e sua relação com a comunidade.
Fique longe da fofocaPor isso, se você quer desenvolver uma carreira séria e respeitada, fique longe da fofoca dentro e fora do ambiente de trabalho. Seguem abaixo algumas dicas que podem ajudá-lo nesta tarefa:
Cuide para que sua comunicação ou a da empresa seja clara, transparente e objetiva. O mal entendido ou a falta de clareza de uma situação ou de uma comunicação estimula o surgimento de fofocas.
Seja claro e detalhista. Não deixe espaços que possam ser preenchidos com falsas interpretações.
Quando se tratar de fato relevante, seja rápido. A demora da informação oficial também cria espaços negativos.
Ao tomar conhecimento de uma fofoca, exija nomes e dados da sua origem. Isso não é fácil, porque os fofoqueiros costumam se esconder atrás do anonimato, mas isso, feito com firmeza, inibe sua proliferação.
Uma amiga começou a falar mal de outra para você? Tente quebrar este ciclo, mudando de assunto imediatamente. Não precisa dizer o quanto a pessoa está sendo fofoqueira ou inconveniente. Ela vai se tocar se, do nada, você começar a conversar sobre o tempo ou sobre qualquer outra coisa. Lembre-se: quanto mais der corda, mais ela vai falar.
Não tome decisões a partir de uma fofoca. Se o fizer, estará agindo exatamente como pretende o fofoqueiro. Apurar os fatos é mais recomendável.
Não puna pessoas, nem altere procedimentos por causa de uma fofoca. Se alguém está com a intenção de lhe ajudar ou ajudar a empresa, não precisará se esconder atrás do anonimato.
Se tiver absoluta certeza do autor e dos transmissores da fofoca, chame-os e dê uma chance a eles de mudar de comportamento. Na reincidência, não hesite em aplicar uma punição exemplar - que, a depender da gravidade dos prejuízos pretendidos, poderá ser até a demissão dos fofoqueiros.
Como já dissemos, deixar uma fofoca por escrito (no MSN, no Orkut ou mesmo no e-mail) é altamente comprometedor. Portanto, sempre que puder, fuja desse tipo de coisa. Ter seu nomezinho citado no meio da conversa não é nada glamuroso.
Não se esqueça: passar mais tempo discutindo idéias e menos falando sobre pessoas vai fazer de você alguém mais bem preparado para o que a empresa espera de você, além de se tornar uma pessoa muito mais legal, pode ter certeza.
É importante ressaltar também que o profissional atingido por comentários maldosos deve manter o autocontrole, a serenidade e a compostura, pontos esses favoráveis à vítima deste tipo de problema. Se a fofoca ocorrer, o funcionário deve tratá-la de forma racional, mas sem ignorá-la, tendo em vista que a moral e conduta estão sendo lesadas.
Quando descoberto quem é a fonte da fofoca, evite discutir ou partir para a agressão física, porque isso só prejudica ainda mais a situação. Tente conversar civilizadamente com o fofoqueiro e tente cortar o mal pela raiz, mesmo que isso seja difícil, e, principalmente, preste mais atenção em seus comportamentos, e escolha as pessoas certas para comentar seus assuntos e idéias.
Por fim, a empresa pode evitar a proliferação das fofocas mantendo um canal de comunicação com todos os funcionários que seja constante, amplo, ágil e transparente. A fofoca só sobrevive em ambientes que sonegam informações, porque estes tendem a deixar espaços vazios - que serão inevitavelmente preenchidos com a fofoca. A verdade corajosa é o grande e invencível adversário da fofoca, explica Floriano Serra, colunista da Comunidade RH do Empregos.com.br.
Contribuição : Anali Ramos - IFF Brasil

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Valorize seus pontos fortes e aprenda a disfarçar os fracos durante a entrevista de emprego

Um dos momentos mais críticos no processo de seleção é a entrevista de emprego. É durante ela que podemos conquistar de vez a tão sonhada vaga ou colocar tudo a perder, muitas vezes por puro nervosismo. E uma das situações que mais mexe com os nervos do candidato é justamente quando o entrevistador pede para ele apontar quais são seus pontos fortes e, o pior, os fracos.
Para lidar com essa questão e se sair bem dela, é importante o candidato entender que ponto fraco não quer dizer necessariamente algo negativo ou um defeito grave. Seu ponto fraco pode representar tão somente uma característica que precisa ser desenvolvida, mais bem trabalhada.
Veja abaixo algumas dicas que podem lhe ajudar a se sair bem durante a entrevista:
Quando o selecionador pergunta sobre os pontos positivos, ele quer saber, de acordo com o seu ponto de vista, qual é o seu diferencial, o que tem de interessante que possa ser de substancial importância para a vaga. Aproveite essa oportunidade para fazer seu marketing pessoal. Liste anteriormente quais são suas características mais positivas, principalmente aquelas relacionadas ao seu trabalho.
Não tenha medo de falar sobre suas qualidades, achando que vai passar a imagem de pretensioso. Se você não mostrá-las ou falar sem muito entusiasmo, poderá não despertar o interesse do selecionador. No fim das contas, a forma como você fala é muitas vezes mais importante do que as próprias características que você cita.
Comente a respeito de seus pontos fracos somente se o entrevistador perguntar.
Ao falar a respeito deles, é fundamental a forma como você os coloca. Em vez de chamar de “defeitos” ou mesmo “pontos fracos”, que parecem características negativas e imutáveis, uma boa idéia é utilizar o termo “pontos a desenvolver”. Isso demonstra que você tem consciência da existência deles.
O mais importante é mostrar como você lida com seus pontos a desenvolver, não deixando que eles atrapalhem sua rotina de trabalho nem seu desenvolvimento profissional. O que importa é mostrar que você identificou um defeito e encontrou formas de lidar com ele, procurando melhorar sempre.
Ao citar um ponto fraco, fuja do clichê de apontar uma qualidade como sendo “defeito”. Por exemplo, muitos candidatos diziam perfeccionistas quando questionados a respeito de um defeito. Antigamente, isso até funcionava, mas hoje os selecionadores não se deixam mais iludir por essa resposta.
Procure identificar algum ponto que você realmente julgue que precisa desenvolver. Você pode dizer que não gosta de rotina, por exemplo. Dependendo do trabalho, isso não é defeito. No entanto, se a rotina for importante para o bom andamento do trabalho a ser desenvolvido, você deve contrapor essa informação com outra, evidenciando o que tem feito para lidar melhor com essa sua característica.
O principal é demonstrar que você se conhece e que sabe exatamente em que sentido suas características serão positivas para a empresa e que sabe também como não deixar o que não é tão positivo assim atrapalhar o seu trabalho.
Boa sorte!


Contribuição : Neli Barros

domingo, 2 de novembro de 2008

A solução está dentro de você!

Ajudar as pessoas a acreditar no próximo não é um trabalho importante apenas para deixá-lo em dia com seu espírito de solidariedade. Trata-se, na verdade, de alimentar a sensação de pertencer à raça humana. Muitas pessoas realizam uma série de sonhos, mas em algum momento percebem que ainda está faltando algo. Elas descobrem que suas realizações criaram um vazio em sua vida. Então percebem que só é possível ser feliz criando a felicidade para muitas pessoas. Isso será real quando as incluirmos em nossos sonhos.
Eu acredito que é preciso ter sonhos realmente grandes. Sonhos pequenos não motivam de verdade. É bonito quando uma pessoa trabalha para ter a casa própria, mas isso ainda é muito pouco. É ótimo lutar para ajudar o filho a se formar, mas nós somos capazes de muito mais. Eu convido a todos para unir as forças e juntos criarmos um mundo cheio de justiça e de amor. Quando sentimos a nossa força interior, nos damos conta de que temos energia para superar qualquer desafio.
As pessoas sempre me perguntam qual é o meu maior sonho. Tenho alguns sonhos, mas o maior sonho da minha vida é ajudar o Brasil a descobrir que nós somos um país de campeões. É um sonho até simples de realizar porque tenho certeza de que nosso país conta com muitas pessoas de fibra que acalentam o mesmo sonho e, principalmente, porque temos um povo maravilhoso, capaz de virar o jogo. Mas para isso é preciso ter comprometimento com o sonho. Assim tenho energia para lutar por todos os meus projetos.
Muitas pessoas me perguntam ainda onde arrumo energia para escrever tantos livros e artigos, tocar os negócios, fazer palestras em muitas cidades pelo país afora e ainda conseguir tempo para me dedicar aos meus projetos sociais. A resposta é simples: minha energia vem da minha paixão por ajudar o nosso povo a ser mais feliz.
Outra pergunta que também ouço com freqüência é que horas escrevo os meus livros. A resposta também é bem simples: meus livros são escritos de madrugada, depois que a minha família foi dormir ou depois das palestras, num quarto de hotel. E sabe o que eu faço para ficar acordado? Não tomo café, nem pó de guaraná, ou qualquer outra coisa. Simplesmente penso em quantas pessoas vou ajudar com o meu livro, e pensar desse jeito afasta o sono e o cansaço de mim.
Eu adoraria que você descobrisse que abrir o coração é muito mais que aprender a amar seus filhos e sua família, é aprender a amar todos, pois é preciso amar toda a humanidade. Infelizmente, muita gente ainda vive alienada, pensando que os problemas da nossa sociedade não afetam a vida de todos nós. São pessoas que negam sua parcela de responsabilidade pela existência de tantas injustiças. Outros ficam deprimidos ou reagem com irritação diante dos problemas sociais, mas de concreto nada fazem. Quanto mais se alienam, mas os problemas vão crescendo. Ou seja, uma sociedade injusta é uma fábrica gigante de problemas.
Se ficarmos contemplando passivamente esse estado de coisas, sem procurar alterá-lo, estaremos ajudando a construir uma bomba-relógio que vai explodir a qualquer momento. Aliás, muitas bombas estão explodindo em nosso redor sem que a maioria perceba que algo de concreto precisa ser feito para desarmá-las.
Ajudar as pessoas a acreditar no próximo não é um trabalho importante apenas para deixá-lo em dia com seu espírito de solidariedade. Trata-se, na verdade, de alimentar a sensação de pertencer à raça humana. Eu me recuso a imaginar que nós viemos ao planeta Terra apenas para juntar o maior número de bens possível. Eu acredito em nosso país porque creio em nosso povo. Sei que o desafio é imenso, mais os verdadeiros campeões são aqueles que enfrentam seus problemas, sejam eles de que tamanho forem.

Acredito em nosso país porque vejo muitas pessoas comprometidas com o nosso povo. Se você participa de um projeto social, quero parabenizá-lo. Agora se você ainda não trabalha em um projeto social, talvez seja hora de lembrar que tem dentro de si um poder muito maior do que imagina. Dentro de você existe a capacidade de transformar o mundo. Lembre-se: você tem a força para ser a solução na vida de muitas pessoas. A solução para os problemas do nosso país está dentro de cada um de nós.
Contribuição : Por Roberto Shinyashiki